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Especiais jornalísticos e Rio+20

Resolvi procurar materiais sobre especiais jornalísticos sobre a Rio+20 para um trabalho, e acabei ficando um pouco frustrada. Além de não encontrar muita coisa, vários parecem ser reaproveitamentos de outras coberturas (como no caso das calculadoras de carbono, aqui, ali e acolá, e em praticamente todos os sites). Esperava mais por se tratar de um acontecimento programado (os veículos tiveram tempo para fazer produções mais elaboradas). Mas, mesmo assim, vale destacar algumas das iniciativas mais interessantes:

Infográfico com nuvem de palavras da Carta da Rio+20 no site de O Globo.
Compartilhamento de imagens sustentáveis em redes sociais no site do UOL.

O que mais que teve por aí de especiais sobre a Rio+20? Aceito sugestões para complementar o trabalho. 🙂

Widgets e Jornalismo

Em termos gerais, widgets são pequenos aplicativos, com conteúdos diversos, que podem ser acrescentados em sites, no desktop de seu computador, e até em celulares. Web widgets, por sua vez, são pequenos aplicativos fornecidos por um site a outros sites, que, ao serem incorporados no segundo site, exibem algum tipo de informação fornecida pelo primeiro site. O widget pode ser feito a partir de diversas linguagens de programação, como html, javascript ou flash. A tecnologia pode ser aproveitada para inúmeras finalidades, inclusive para o jornalismo.
Não é tarefa exclusiva do jornalista criar widgets – a parte técnica pode ser feita por um programador web. De qualquer modo, não deixa de ser interessante tentar aproveitar o formato para poder criar pequenos aplicativos informativos realmente úteis, que gerem nos leitores a vontade de compartilhá-los em outros espaços da web (o que pode resultar em uma espécie de jornalismo distribuído).
O blog 10,000 Words fez recentemente dois posts sobre widgets e jornalismo. No primeiro desses posts, listou alguns dos widgets mais interessantes criados por empresas jornalísticas, como NBC, CNN, entre outras. O que há em comum entre os exemplos apresentados é a facilidade que se tem para “incorporá-los” (embed) a outras páginas. Com isso, tal qual acontece com o descentramento possibilitado pela tecnologia RSS, com widgets tem-se a possibilidade de pulverizar o conteúdo de um site em vários outros sites.
Dentre os exemplos apontados pelo 10,000 Words, está a National Geographic, que oferece em seu site 11 widgets, todos eles muito legais (como no jogo incorporado abaixo):
(pessoal do feed: provavelmente vocês terão que visitar o blog para ver o widget)

E no Brasil? Uma olhada rápida nos principais portais jornalísticos do país revela que boa parte deles oferece widgets com seu conteúdo. No UOL Notícias, por exemplo, é possível encontrar diversos widgets incorporáveis com parcelas de conteúdos do site, como no caso do widget do UOL Primeira Página.
Já o G1 oferece uma versão em javascript de suas últimas notícias para ser incorporada em blogs. O Estadão proporciona um widget em versão para baixar e rodar no desktop (no dock no Mac, ou na área de trabalho do Windows – o que é um tanto sem graça; a graça da coisa é poder compartilhar o conteúdo dos jornais em outros sites).
(Para quem está na página inicial do blog, o post continua depois do link)

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Web móvel

screen-capture2.jpg De tempos em tempos, Mark Glaser, do Media Shift, faz posts com conceitos, histórico e links que funcionam como verdadeiros guias para determinados temas relacionados à mídia digital. O tema do guia de hoje é a web móvel (outros temas que já viraram posts guia por lá foram mundos virtuais, notícias hiperlocais, entre outros). Dentre outras coisas, o post ressalta a contribuição do iPhone para a popularização na navegação móvel – já que a ferramenta zoom (aquela que funciona com o movimento de pinça dos dedos) permite acessar facilmente não apenas as versões móveis dos websites, como também a versão original das páginas.
Pelo post, percebe-se que um dos grandes problemas para a popularização da web móvel é o ainda reduzido número de sites adaptados para o formato (o que afeta, em especial, os pobres mortais que ainda não possuem um iPhone). Como exemplo, eles mostram os resultados de uma pesquisa com 50 jornais e 50 blogs, que constatou que há mais blogs do que sites de notícias que ainda não possuem uma versão adaptada para dispositivos móveis (se bem que disso também daria para levantar o questionamento de se as pessoas realmente teriam interesse em ler blogs na tela do celular…)
Para saber mais, visite o post. Lá tem várias dicas de links interessantes sobre o tema.
Via Ponto Media.

Um assunto diretamente ligado a isso é o jornalismo móvel. Produzir notícias adaptadas para a tela de um celular ou pda é uma tarefa bastante complexa – idealmente, até mesmo os links precisam apontar para versões móveis de outras páginas ou outras notícias. Por outro lado, a produção jornalística feita a partir de dispositivos móveis garante agilidade na publicação das informações – com um bom smartphone, é possível tirar fotos ou produzir vídeos e postá-los diretamente do local do acontecimento (dá para postar vídeos e fotos diretamente pelo celular até mesmo por serviços gratuitos, como o Flickr móvel ou YouTube mobile). Sobre o tema, o jornalista Fernando Firmino da Silva, professor da UEPB e doutourando na UFBA, mantém o excelente blog Jornalismo Móvel.

Por fim, para quem quiser “brincar” de Internet móvel, aí vão duas dicas de sites que permitem criar páginas adaptadas para a leitura em dispositivos móveis: MoFuse e Zinadoo. O Zinadoo tem um visual bastante customizável, e um editor bem prático para montar as paginazinhas. Já o MoFuse permite criar muito rapidamente uma versão móvel de um blog, a partir do endereço do feed, mas tem menos opções de customização. Fiz duas páginas testes para exemplificar. O iuscommunicatio.mofuse.mobi é uma versão móvel do conteúdo do feed deste blog (conforme pode ser visto na imagem que ilustra este post). Já o ius.zinadoo.mobi é uma versão extremamente simplificada deste post (ambos os endereços podem ser acessados a partir de um navegador convencional).

E o tal do conversor de TV Digital a R$100,00?

Pela lei da oferta e da demanda, tem-se que oferta (quantidade oferecida de um determinado bem) e demanda (procura por este bem) são fatores que influenciam diretamente na determinação do preço. As diferentes combinações entre um e outro elemento darão origem a diferentes faixas de preço para um mesmo produto. Regra geral, quanto maior a oferta, menor o preço; se aumenta a demanda, aumenta também o preço. Um meio termo entre oferta e demanda pode levar a uma estabilização do preço.

Mas é claro que nem tudo se resume a uma simples dicotomia… há vários outros fatores que podem influir no processo de determinação do preço, como os desejos das pessoas, a concorrência, a capacidade técnica de as empresas produzirem um determinado produto e o poder aquisitivo das pessoas diretamente interessadas na aquisição desse produto. Sintetizando ao máximo, não basta produzir em grandes quantidades um produto que ninguém irá querer comprar, ou então cobrar muito caro por um produto cujo público-alvo não terá condições financeiras de adquiri-lo.

Feita essa enrolação inicial, vamos aos fatos. Os primeiros aparelhos conversores de TV Digital do Brasil, fabricados pela Positivo e pela Semp Toshiba, chegarão às lojas na próxima semana, em São Paulo. O preço? O da Positivo sai por R$499,00, e o da Semp Toshiba por R$800,00, para televisores convencionais – e a bagatela de R$699,00 ou R$1.199 para quem tem tevê de alta definição (HDTV). Ou seja: muito longe da estimativa inicial de R$100,00, ou da posterior atualização sensata da expectativa para R$250,00. Vale lembrar que só quem tiver conversor poderá assistir às transmissões digitais, que se iniciam, na cidade de São Paulo, no dia 2 de dezembro.

O problema prático? Apesar de já existir três grandes padrões para TV Digital no mundo (o americano, o japonês e o europeu), o Brasil resolveu ser feliz ao extremo e inventar seu próprio modelo de TV Digital (usando como base o padrão japonês). Divertido, inovador, versátil. Só que, por conta disso, ainda não há mercado suficiente para produzir conversores com preços competitivos. Por enquanto, há apenas dois fabricantes. Assim que outras empresas começarem a produzir seus modelos, talvez o valor reduza um pouco. Quando a transmissão digital se estender a todo o país e todo mundo começar a comprar conversores apesar do preço salgado, a demanda fará com que se produzam mais conversores, o que estimulará a concorrência, aumentará a oferta e fará com que o preço caia. É tudo uma questão de tempo.

Nessas horas é bom lembrar o que aconteceu com as pobres criaturas que compraram uma TV de 42’’ pela bagatela de 20 mil reais um ano antes da Copa do Mundo de 2006. Antes da Copa, ter uma tevê dessas era raridade. Depois, o preço foi despencado. Hoje já banalizou. Dá para levar quatro pelo preço que se pagava por uma há menos de dois anos. Os tempos mudam. O consumo estimula a oferta, e, quanto maior a oferta, menor o preço…

Infelizmente, é preciso primeiro “sacrificar” o bolso de alguns consumidores, para que o preço comece, enfim, a diminuir. O conversor de TV Digital poderá, sim, um dia vir a custar os prometidos R$100,00. Mas, até lá, melhor continuar sem assistir televisão 😛

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Problema técnico – ou de vida?

Pedir ajuda em blog conta? Então como é que se faz para convencer a impressora a funcionar quando se tem várias páginas para imprimir e pouco tempo disponível?* A impressora – inteligente e com vida própria – alega que o problema é no cartucho. Já tirei, coloquei, tirei de novo, coloquei de novo (ad infinitum), e nada. Também não vale dizer que é só comprar outro cartucho. Espero uma solução do tipo “desista do seu computador, desista de sua impressora – tire férias da tecnologia e aproveite a vida”. E uma resposta dessas certamente que o simpático suporte do Windows não tem condições de me dar.

* optei por salvar tudo em CD, e imprimir em outro lugar. Solução paliativa. Não dá para ficar fugindo do problema eternamente. Um dia eu vou ter que entender a impressora. Ou o suporte do Windows. Ou trocar de computador. Ou me livrar do Windows. De um jeito ou de outro, o problema técnico há de ser resolvido…

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Do celular para o YouTube

Além de se poder enviar fotos diretamente do celular para o Flickr, também é possível enviar vídeos gravados na câmera do celular diretamente para o YouTube. As fotos para o Flickr são enviadas através de uma simples conexão com a web pelo celular. Para tanto, é preciso tirar a foto enquanto se está conectado. Já o vídeo a ser enviado pelo YouTube pode ser preparado e editado com antecedência: o envio é feito por MMS (mensagem multimídia).

O primeiro passo é ativar o endereço de e-mail para envio da mensagem junto ao site do YouTube (antes disso, é claro, é preciso ter uma conta no YouTube). É só preencher alguns detalhes, como o título e as características do vídeo a ser enviado, e ao final do processo será criada uma conta para envio de vídeos de seu celular, com um endereço de e-mail exclusivo pelo qual você deverá enviar o seu vídeo. Depois, basta escolher um vídeo já pronto no celular, incluí-lo numa mensagem multimídia, e enviar para o e-mail fornecido pelo YouTube. Se a opção correspondente for escolhida no site do YouTube, ainda no computador, você poderá receber uma mensagem de confirmação no celular certificando que o upload do vídeo foi feito com sucesso. Depois é só esperar os trâmites de conversão do vídeo (do formato do celular para o formato padrão do YouTube – a parte mais demorada do processo), e, pouco tempo depois, o vídeo feito na câmera do celular irá aparecer em sua conta do YouTube. Aí é só copiar o endereço, assistir até cansar, divulgar para os amigos, e ainda aproveitar para publicar na parte de vídeos do Orkut (!).
Este é o vídeo que usei como teste. Gravado e editado no celular, enviado por MMS para o YouTube. Preço total da operação: R$0,60.

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Flickr mobile

Hoje testei pela primeira vez o fickr mobile. Fiquei com tanto medo de gastar todo o meu cartão de uma só vez na conexão com a Internet, que tirei foto da primeira coisa que enxerguei pela frente (no caso, o céu – eu estava no pátio de casa) assim que terminei de fazer o login no site acessado via celular. Embora o tempo de digitar login e senha tenha parecido durar uma eternidade, no total foram gastos 36 centavos (que é o preço cobrado por um minuto de conexão pela Claro). Eu ainda acho que fiquei online por bem mais que 60 segundos, mas, enfim… isso não vem ao caso. Se a Claro acha que minha conexão durou 1 minuto, então ela durou 1 minuto.
O flickr mobile permite que qualquer um que tenha uma conta no flickr e um celular com câmera (e cartão) possa enviar uma imagem tirada no celular diretamente para a Internet. Basta acessar o endereço “m.flickr.com” a partir do navegador do celular, digitar login e senha do flickr, bater a foto, acrescentar legenda e descrição, e enviar. Simples, rápido e prático.
Para quem ainda não tem um navegador para o celular (o acesso pelo Portal Claro não conta), sugiro o Opera Mini (é só acessar “mini.opera.com” a partir do celular e baixar o arquivo correspondente, ou então acessar o endereço pelo computador e colocar o número de telefone que a empresa se encarrega de enviar uma mensagem com um link para o site de download). Com o browser baixado, fica bem mais fácil acessar páginas na Internet, ou buscar palavras no Google ou na Wikipedia. Para buscar algo no Google, é possível digitar a palavra que se busca antes de conectar a Internet no celular. O mesmo pode ser feito numa pesquisa pela Wikipedia. Também é possível digitar o endereço que se quer acessar na web (virtualmente, qualquer endereço pode ser acessado – mas acessar páginas “comuns” vai depender da capacidade do seu celular) antes de conectar, ou então baixar feeds para ler no celular. Isso ajuda a poupar um monte no final do mês. E como em celular pré-pago o cartão corre como água, só a economia que se tem em não ter que digitar www.google.com já permite que se fique com pelo menos um minuto a mais para conectar no final do mês (ou no final do cartão, que, no geral, quase sempre dura muito menos que um mês, embora originalmente seja comprado com a promessa de durar por pelo menos 30 dias).
Tanto a dica do flickr quanto a do opera foram dadas pelo Edison.

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