Monthly Archives: February 2009

Meme: coisas secretas

A Raquel Camargo me repassou o tal meme das seis coisas secretas. A idéia geral é revelar seis coisas que – supostamente – poucos sabem sobre mim. (Vocês já devem estar cansados de ver esse meme por aí, não?)
Eis a listinha:
1. No começo, ninguém colaborava com o site de Gilmore Girls, apesar dos meus insistentes links do tipo “Envie sua colaboração” ao final de cada página do site. Aí comecei a colocar nomes fictícios em supostas colaborações (o mais recorrente era “Lia”, o nome da minha cachorrinha Poodle). E não é que funcionou? Em seguida apareceram vários colaboradores, e com isso fiz várias amizades através do site.
2. Falando em cãs, desde o ano retrasado, além da Lia, tenho outra cachorrinha. O nome? Gaby. Não foi uma crise bizarra de egocentrismo, nem de falta de criatividade crônica (ou: foi as duas coisas ao mesmo tempo?). Ela simplesmente já tinha esse nome quando a compramos, e se recusou a atender por qualquer outro nome. Mentira. Na verdade achei que seria divertido manter o nome.
3. Penso demais antes de enviar um e-mail, publicar um post ou fazer um comentário em blog. E muitas vezes acabo pensando demais e desistindo do envio. (É mais ou menos aí onde foram parar todos os posts inacabados de fevereiro.)
4. Tenho dificuldade em decidir quando colocada diante de opções. Mesmo assim, prefiro ter a possibilidade de escolher a não ter opção alguma.
5. Assinei a revista Veja Kid+ por dois anos. Mais: fui “fera” da revista (quem conheceu a revista talvez lembre do que se trata). Mais ainda: colei o pôster do Lorenzo na parede do meu quarto.
6. Já respondi esse meme antes. E na época era para listar só 5 coisas, então paro por aqui.
Repasso o meme para o Sérgio, que vive me repassando memes, e eu de certa forma vivo escapando deles.

Twitter e outras ferramentas parecidas

Saiu ontem o relatório do Pew Internet & American Life Project sobre o uso do Twitter e outras ferramentas parecidas nos Estados Unidos, conduzido por Amanda Lenhart e Susannah Fox. O que mais me chamou a atenção, entretanto, não foi o fato de que 11% dos usuários daquele país afirmam usar um serviço tipo o Twitter, ou que seja crescente o uso móvel, que a idade média dos usários seja de 31 anos, ou ainda a forte relação apontada entre uso de blogs e sites de redes sociais com o uso do Twitter, e sim o fato de que eles já tenham deixado de se referir ao Twitter como “microblogging”.
No relatório, o Twitter e as tais outras ferramentas parecidas aparecem como modalidades de “status update”, ou atualização de estado, ou mudança de status, ou “serviços que permitem aos usuários compartilhar atualizações sobre si mesmos e ver as atualizações dos outros“. Isso englobaria qualquer ferramenta que permita acompanhar ações de amigos e coisas do tipo – desde o “status update” do Facebook (no qual, diga-se de passagem, os usuários são convidados a responder à pergunta “What are you doing now?”, praticamente a pergunta padrão do Twitter – “What are you doing?”) até, por exemplo, aquela caixinha que aparece ali no Orkut com as últimas movimentações de seus amigos. Com isso, o Twitter estaria sendo comparado mais a um site de rede social do que propriamente a um blog, o que de certa forma faz sentido. O caráter de “blog” da ferramenta só fica mais evidente quando se acessa o perfil de alguém individualmente (porque aí sim as mensagens são exibidas em ordem cronológica inversa, tal qual um blog). No mais, ao se exibir tudo junto misturado, tem-se algo mais próximo a qualquer outra coisa do que propriamente a um blog.
um texto do Jose Luis Orihuela, de 2007, que se refere aos microblogs como uma mistura de blogs, redes sociais e mensageiros instantâneos. Ainda acho que o caminho seja mais ou menos por aí. E na real não importa tanto como chamamos o fenômeno, e sim como o compreendemos. Parafraseando o argumento de uma professora em uma lista de discussão acerca de uma discussão sobre a grafia de uma determinada palavra, “A rose, by any other name, would smell as sweet” (Shakespeare) [“Se a rosa tivesse outro nome, ainda assim teria o mesmo perfume”.]
Enfim, caso tenha interesse em saber mais sobre o uso do Twitter e ferramentas do tipo nos EUA, não deixe de acessar o relatório do Pew Internet.

Forensepedia: a enciclopédia jurídica colaborativa

forensepedia Gustavo D’Andrea andava quietinho, quase sem se manifestar na blogosfera. Pois esta semana voltou com tudo: novo blog, e lançamento da Forensepédia, uma enciclopédia colaborativa em wiki, nos moldes da Wikipédia, que promete se tornar referência na esfera jurídica.
Da descrição na página inicial do site:

“Forensepédia é uma enciclopédia jurídica colaborativa. Todos podem usá-la e editá-la. Ela foi estruturada e lançada com a missão de contribuir para com o livre fluxo de conhecimento jurídico no Brasil e no mundo, valendo-se da colaboração em massa como a sua principal ferramenta. Acreditamos que esta enciclopédia representa uma resposta a dois fatos principais: a crescente demanda por conteúdo jurídico acessível e de qualidade; e a existência, em toda parte, de pessoas com muito conhecimento jurídico não difundido. Isto faz da Forensepédia um ambiente propício à criação colaborativa de conteúdo jurídico, sendo importante mencionar que este conteúdo está sob uma licença livre. Portanto, seja muito bem-vindo(a) e sinta-se à vontade para utilizar a Forensepédia!”

Entre, visite, e colabore.
Para quem não sabe, o Gustavo mantém ainda a Advogados Networking, uma rede social voltada para advogados.

Assunto paralelo: este blog conta agora também com um ‘endereço resumido’: http://gabrielazago.com. Particularmente, acho o endereço da Verbeat mais simpático. Mas o novo endereço fica mais fácil de memorizar. 🙂 (Falando em Verbeat, a gente fica sem acessar o condomínio por alguns dias, e quando vê já são vários vizinhos novos. E tem mais novidade por aí! Dê uma olhada na página inicial do condomínio e confira!)

Livro: Globalidade – A Nova Era da Globalização

Você sabia que a Tata Motors, da Índia, após anos e anos de pesquisa, conseguiu lançar no começo de 2008 um carro popular ao preço de U$2.500? Ou que a Embraer, empresa de aviação no Brasil, tem um curso de especialização de engenheiros, com titulação de Mestrado, para recém-graduados interessados em ingressar na companhia?
O livro Globalidade – A Nova Era da Globalização (com o sugestivo subtítulo de “Como vencer num mundo em que se concorre com todos, por tudo e em toda parte”), de Harold Sirkin, James Hemerling e Arindam Bhattacharya, do Boston Consulting Group (BCG), trata do papel das empresas desafiantes, em países ditos em desenvolvimento, mas que mesmo assim cresceram e se tornaram marcas com presença global. De acordo com o próprio livro, “Globalidade não é uma nova forma de se referir à globalização. É o que vem depois”.
Os casos relatados no livro são das empresas que aparecem na lista, elaborada pelo próprio BCG, das cem desafiantes globais – empresas situadas em países periféricos que mesmo assim conseguiram marcar presença no mundo todo. Da China, são 41 empresas. Da Índia, são outras 20. O Brasil está representado por 13 empresas (além da Embraer, também estão na lista, por exemplo, Natura, Petrobrás, Gerdau e Vale do Rio Doce, entre outras – a lista completa pode ser conferida aqui [PDF] – no mesmo lugar também dá para ler o comecinho do primeiro capítulo do livro).
O livro é interessante por mostrar que uma empresa não precisa estar sediada em um país dominante para poder vender no mundo todo. Basta saber atuar em escala global. E como essas empresas passam a competir cada vez mais com as demais marcas globais, daí reside a tal concorrência “com todos, por tudo e em toda parte” de que trata o subtítulo do livro.
No Brasil, o livro foi lançado pela Nova Fronteira, e tem prefácio assinado por Roger Agnelli, presidente da Companhia Vale do Rio Doce.

Twitter como ferramenta informacional

Uma das coisas que temos percebido na pesquisa sobre o Twitter (feita com a Raquel Recuero) é que o Twitter no Brasil costuma ter uma utilização bem mais voltada para fins de informação. Embora muitos usem a ferramenta para conversar, o uso informacional parece predominar. (E por informação entenda algo lato sensu, de notícias a o que você comeu no jantar; tudo aquilo que você queria mesmo ficar sabendo, mas também aquela avalanche de tweets completamente inúteis que recebe mesmo assim em função de quem e do que escolheu seguir.)
Se quiser saber um pouquinho mais sobre essa tendência, sugiro que dê uma olhada no post da Raquel.

Em tempo: Seria muito legal poder disponibilizar por aqui os resultados completos da pesquisa do Twitter e tudo o mais, mas o mundo acadêmico é feio bobo chato bizarro e nos impede de comentar antes resultados ainda não “publicados”. (Aliás, sobre esse assunto, vale a pena acompanhar a discussão iniciada por Lilia Efimova em seu blog após ela ter começado a discutir no blog os resultados da tese dela antes de publicá-la.)
Então assim que for possível comentaremos mais resultados. 🙂
E ainda estou devendo (a mim mesma?) um post com os resultados da minha monografia.